Islam

Hoje fui presenteado por um colega do trabalho com um livro sagrado dos muculmanos, o Al Quran. Em ingles, obviamente, ja que meu arabe eh tao bom quanto o meu chines.

Ja de inicio a surpresa: ao mostrar a introducao, o amigo segurava cuidadosamente o livro pelas pontas. Eu, sem perceber o que ele fazia, fui virar umas paginas e veio logo a 'chamada'... - "Nao podemos tocar as palavras sagradas." Nao eh o livro, mas sim as palavras. Ele segurava pelas bordas, sem tocar as palavras.

E ele explicou: temos que estarmos limpos. Lavamos o corpo, os bracos, a cabeca antes de rezar, antes de tocar o livro sagrado.

Eu ainda nao compreendo muito bem. Mas estou me esforcando e em breve explico a historia para voces.

Mas eh bem verdade que gostei do presente. Espero que, pelo menos, consiga entender melhor a religiao de tantas pessoas que me rodeiam diariamente e, por consequencia, consiga entender eles um pouco melhor.

Projac

Projac: eh assim que meu sogro, Dom Wilson, conseguiu qualificar aonde moramos em Dubai. Ele chegou, analisou bem o local e deu o veredicto... PROJAC!

- "Se o Boni descobrir isso aqui vai querer filmar novela sem parar...". - "eh tudo igual, tudo limpo, parece o Projac". E a gente se diverte.

Depois de um ano e ainda impressionado com tudo nos Emirados, soh podemos concordar. Isso aqui parece um faz-de-contas de vez em quando. Vamos ver se nao termina antes de abortarmos a missao. Como dizem, se nao deu certo eh porque nao chegou ao fim. Mas aqui eh um pouco diferente.. esta dando certo e ainda nao chegou ao fim.

Caminhao!

Pergunto a voce, meu leitor amigo, para onde vao todos os caminhoes de Dubai quando as obras acabarem?

Eh impressionante a quantidade, modelos e tipos dos veiuculos. Tem de cimento, de transportar pedra, tem de areia. Sem contar eh claro os tratores e onibus. Alegria mesmo eh entrar no viaduto de manha cedo atras daquele trator que anda a 27km/h. Claro que naquela hora que vc tem mais pressa.

Na direcao, geralmente barbudos com turbantes. Ou os nosso irmaos indianos (afinal, aqui eh Nova Delhi ou Dubai?) no comando...

Nao importa, caminhao para todo lado, toda hora. Ate quando?

Eu to impressionado!

Para quem conhece o meu pai, já pode imaginar o comportamento dele aqui, em um país muçulmano. A todo instante temos que ouvir ele dizer: To impressionado com essa cultura!

Sempre que tem oportunidade de conhecer algum de nossos amigos, lá vai ele perguntar sobre os árabes. Quer saber se as mulheres casam virgem; se um brasileiro pode casar com três mulheres; se tem leite de camelo; e por ai vai. Se estamos no shopping ele fica observando as mulheres de abaya e veu preto, consumindo roupas, maquiagem e tudo mais. Observa o hábito dos árabes falarem compulsivamente ao celular, na rua, no carro, em toda parte. E ficou surpreso com o fato de encontrar no supermercado apenas cerveja não alcólica.

Impressionado mesmo ele ficou ontem quando viajamos para Fujairah, outro Emirado, e a noite fomos passear na cidade. Coisa de interior arabe, sabe?! As famílias sentadas no gramado e na areia da praia até altas horas da noite, tomando chá e comendo guloseimas locais. Homens de um lado, mulheres do outro.

A estranheza começou quando saltamos do carro e eu coloquei a Pashimina (tipo de véu). Para que isso, perguntou ele espantado._Pai, aqui só tem mulher muçulmana e eu não posso caminhar assim de camiseta, preciso respeitar a cultura deles. E seguimos a caminhada, com Miguel correndo a frente da gente, e ele de nariz torcido.

Ai lá vem ele como sempre me abraçar. _Pai, tira a mão de mim. _O quê? Mas eu sou seu pai! _Mas pai, aqui não pode homem abraçar mulher em público. E contrariado seguia ele reclamando. Até que Rinaldo colocou a mão sobre o seu ombro, para comentar algo.... _Para com isso disse papai! Aqui não pode andar abraçado!! E Rinaldo respondeu sorrindo, mas eu sou homem e vocë também, isso pode e deve. Foi quando o velhinho quase morreu e se deu conta da cultura local. Os homens andando na rua de mãos dadas, ou mesmo abraçados com outros homens. Foi o suficiente para ele dormir e acordar falando: Eu tô impressionado!!!

Papai não é homem de poucas palavras :) e tem passado os dias inventando histórias e teorias sobre a cultura local. Preparem seus ouvidos para quando ele voltar ao Brasil.

Atualizando, apos a chegada do vovo...

Queridos, saudades..Ja tem mais de uma semana que näo apareço por aqui para contar as novidade. Pois é! Além da chegada de papai, tivemos o nascimento dos novos dentinhos do Miguel que tem nos deixado loucos. E a ele também! Náo tem comido, está dormindo mal, fora o humor que náo está dos melhores.

Para nossa sorte, o vovo chegou cheio de novidades e está curtindo muito o netinho. Como näo podia deixar de ser, trouxe do Brasil o uniforme completo do Flamengo acompanhado pelo tamborim preferido da torcida. Na mesma hora, Miguel vestiu a roupinha completa e já ensaiou as primeiras batucadas.

Está sendo muito bom ter o vovo por aqui, para compartilhar com o neto as brincadeiras, suas preferencias e o seu carinho. Miguelzinho só consegue pronunciar o "O" do vovo :) Apenas uma vez falou a palavrinha completa. O que nao importa para o vovo coruja, que fica todo derretido quando o pequeno olha carinhoso, e sobe na barriga dele para fazer cavalinho.

Enquanto isso os vovos que ficaram no Rio, Meri e Carlos, curtem o neto pela camera e contam os dias para nossa chegada ao Brasil!

Vovozinho

Chegou! Viemos do aeroporto agora... E ele ja se encontra em Dubai. Com a tal 'greve branca'dos controladores de voo e uma escala em Milao, chegou cansado mas esta aqui, vivo, sao e salvo.

Todos preocupados aqui ontem porque ele nao fez check-in no hotel que haviamos reservado para ele. Para que sofrer de vespera nao eh mesmo? Ele nao soh chegou bem na Italia como foi visitar uma amiga em Turino. :) A tal senhora, que ele nao via ha bastante tempo nao estava em casa. Havia falecido ha uma semana...

Na volta para o aeroporto, fez um lanche e adormeceu... quase perdeu o voo...

Vovozinho, seja bem vindo!

Mais historinhas em breve...

A primeira atadura

Foi ontem de manha, ainda cedinho tipo 6:30 h, enquanto eu arrumava a cama e Rinaldo se preparava para o trabalho, Miguelzinho assistia tudo sentadinho, ou melhor agachado como gosta de ficar. De um minuto para o outro ouvimos "treck" e lá estava ele, caido por cima do bracinho.

Ai gente, que angustia senti naquela hora. Ele não conseguiu levantar e nós tivemos que ajudar. Estava ele com um beicinho que faz quando está magoado. E ficava segurando a mãozinha chorando baixinho. Ai que dó! E chamava Papa (papai) apontando para o acontecido.

Fomos para o hospital mais perto, uma médica indiana cuidou de tudo. Entre choros e lágrimas constatamos no X-ray que nada havia sido quebrado. Talvez uma forte torção. Remedinho e a mãozinha enfaixada. Assim voltamos para a casa com nosso pequeno que posou para foto, reclamando das ataduras.